Felicidade não se vende no mercado
Hora de conferir as sacolas do supermercado, checar se vieram todos os itens. Nota-se algo que foi pago e não está ali: “Ficou faltando a minha felicidade.”, argumenta. Esta é a minha sensação quando observo as promessas e cobranças em um casamento. No altar, “Prometo te fazer feliz.”; depois, a conta: “Nossa vida não foi como eu esperava.”
É comum, principalmente com pais/mães e maridos/mulheres, a cobrança de ter que levar (e receber) felicidade aos filhos e pares. Assume-se que há alguém, exceto eu, responsável por completar o meu mundo, tapar os buracos da minha existência. Existe a reivindicação e quem corresponda a ela. Acredita-se que assim os papéis são cumpridos.
O resultado desse comportamento é preocupante. A gravidade decorre da criação de filhos e parceiros, cujo posicionamento no mundo é sempre egocêntrico. Eles esperam a realização dos próprios desejos sem demandar qualquer esforço, afinal, dentro dessa lógica, suas vontades são compreendidas como “direitos” inatos.
Contudo, para ser feliz, de verdade, o caminho é inverso: entender que o único responsável pela felicidade é você mesmo. Ao seguir este caminho, parceiros e filhos poderão conviver com alguém feliz. Dessa maneira, eles terão, automaticamente, mais chances de ver que também podem se fazer feliz. Vamos à luta!